O professor alemão de teoria econômica, Johann Graf Lambsdorff, desenvolveu o "Índice de Percepções de Corrupção" na Universidade de Passau, em 1995. Entretanto, a corrupção pode ser medida em pouquíssimos casos, porque se você mede algo, você tem conhecimento disso. Isto contradiria o princípio de que a corrupção é per se ilegal ou pelo menos antiética e, portanto, sujeita a um certo grau de sigilo.
A base do Índice de Corrupção é, portanto, a pesquisa e as pesquisas conduzidas por 9 instituições independentes. Tanto empresários como analistas de 117 países foram questionados sobre como avaliam a corrupção no setor público. Este índice composto é publicado anualmente pela Transparency International (inglês).
A avaliação aqui apresentada se baseia nos dados de 2022 e lista 117 países. É impressionante que a corrupção no norte da Europa seja muito limitada. O Brasil está no meio do pacote em 39º lugar. Somália está no fundo da tabela.
Classificação internacional da corrupção
É impressionante que os primeiros lugares da lista sejam ocupados por países ricos. Países europeus, Nova Zelândia, Austrália e Canadá, em particular, são mencionados aqui. Na base do ranking estão predominantemente os países emergentes e do terceiro mundo. Para ilustrar esta conexão, uma coluna adicional fornece informações sobre a renda média anual do respectivo país.
Uma interpretação do ranking não deve levar à divisão de países individuais em benignos e malignos. Ao invés disso, representa a aceitação de um Estado de direito e o medo de punição dentro do respectivo país. Transparência Internacional também reclama que, embora muitos "países limpos" mostrem um comportamento exemplar em seus próprios países, muitas vezes estão associados à corrupção em outros países. Por exemplo, alguns países estão no topo da lista, mas mesmo parcialmente as empresas estatais estão envolvidas em escândalos de suborno no exterior. Metade de todos os países da OCDE também são acusados de comportamento semelhante. A propósito, com exceção de alguns países do sudeste da Europa, os membros da OCDE coincidem surpreendentemente com o primeiro quarto do ranking de corrupção.
Conseqüências da corrupção no setor público
A corrupção não só é ruim porque prejudica injustamente grupos individuais da população. O principal problema é muito mais claro no contexto econômico-político: Quando o dinheiro muda de mãos por relações pessoais ou favores, ele não está mais disponível para as despesas necessárias. O exemplo de escolas, jardins de infância ou hospitais é particularmente claro. Os fornecedores de equipamentos são geralmente instituições públicas, tais como administrações estaduais ou municipais. Se o dinheiro flui sem controle para outros canais, o público em geral sofre. A rigor, o dinheiro do suborno também permanece no ciclo econômico - mas as despesas necessárias não podem mais ser feitas a partir dele. Como conseqüência indireta, a produção econômica cai e a inflação sobe.
Nota sobre a base de dados
A escala utilizada pela Transparency International varia de 0 (alta corrupção) a 100 (baixa corrupção). Como há sempre confusão com esta interpretação, invertemos a escala. Portanto, valores baixos estão aqui para uma baixa percepção e números altos para uma alta.
* Hong Kong não é um Estado independente e soberano, mas Região Administrativa Especial da China. Para mais informações sobre a definição de um país, leia nosso artigo O que é um país?
Renda média mundialUm ranking de rendimentos anuais de 71 países em comparação com a Brasil